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Dr. Leonardo Stumm

Fraturas na coluna

As fraturas da coluna torácica e lombar são as mais comuns do esqueleto axial correspondendo a 89% das fraturas da coluna. 

As fraturas da coluna cervical são comuns entre pacientes jovens, sendo uma das principais causas o mergulho em água rasa ou trauma com impacto direto na cabeça. Também observa-se a lesão automobilística do tipo “chicote” na coluna cervical.

Nas últimas décadas, o crescente aumento dos acidentes industriais e principalmente automobilísticos de alta energia tem influenciado diretamente no aumento da incidência de fraturas complexas da coluna torácica e lombar. A incidência aumenta ainda mais em pacientes politraumatizados onde a ocorrência de alterações neurológicas é maior. Lesões associadas podem ocorrer em até 50% dos pacientes, lesões pulmonares ocorrem em 20% destes pacientes e lesões abdominais em 10%.

O mecanismo de trauma associado a essas fraturas são na maior parte devido a quedas de altura e acidentes automobilísticos sendo que em grandes cidades o número de fraturas de coluna associada a acidentes com motocicletas aumenta a cada dia.

AVALIAÇÃO 

Todos os pacientes traumatizados devem ser avaliados inicialmente através da rotina do A, B, C (vias aéreas, ventilação, circulação). Após a estabilização inicial devemos virar o paciente em bloco e iniciar a palpação cuidadosa de cada vértebra a procura de pontos dolorosos, edemas, equimose e lacerações locais.

A avaliação neurológica do paciente deve incluir os testes motores, a avaliação dos dermátomos sensitivos e a avaliação dos reflexos. 

Os pacientes com fraturas da coluna podem apresentar uma variada gama de sintomas, abrangendo desde dor no local da fratura , que geralmente apresenta caráter intenso, além de sintomas neurológicos específicos dependendo se houve lesão neurológica associada. Estes sintomas podem variar tanto de dor em membros superiores/inferiores, formigamento, diminuição de força, podendo chegar a tetraplegia/paraplegia (perda total das funções sensitivas e motoras).

Após a avaliação neurológica o paciente deverá ser submetido a avaliação radiográfica. Aqui é obrigatório obtenção de radiografias anteroposterior e lateral de todas as regiões em que o paciente consciente referir dor e no paciente inconsciente da coluna toda.

 A tomografia é o método mais sensível de avaliação das fraturas da coluna vertebral, além disso consegue diferenciar com maior clareza os tipos de fratura, 25% das fraturas explosões (instáveis) na TC foram classificadas inicialmente com fraturas compressão (estáveis) no RX.

A Ressonância Magnética não deve ser utilizada na avaliação inicial do paciente porém pode ser útil para diferenciação posterior de lesões ligamentares da coluna assim como na investigação de lesões neurológicas sem fraturas aparentes.

TRATAMENTO

Existem vários fatores que irão determinar qual o tipo de tratamento a ser realizado. Em linhas gerais, os principais fatores a serem são considerados são: estabilidade (ou instabilidade) da fratura, dor e sintomas neurológicos associados.

A grosso modo, o tratamento conservador é realizado com uso de coletes e repouso, associado à medicação para dor, quando a fratura apresentar estabilidade (verificada através de exames de imagem apropriados)  e o paciente apresentar dor controlável e não demonstrar lesão neurológica associada.

Quando a fratura apresentar critérios de instabilidade, o paciente apresentar dor intratável ou quando existir lesão neurológica ou risco importante desta ocorrer, o tratamento cirúrgico é indicado.

Alguns tipos de fratura podem ser tratadas de maneira percutânea, minimamente invasiva, com injeção de cimento cirúrgico dentro do osso (vértebra). Os casos com maior instabilidade e severidade são tratados através de fusão (artrodese) da coluna, com vários fatores sendo avaliados para determinar a extensão da cirurgia necessária.

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