A artrodese de coluna consiste no procedimento de fusão de um ou mais segmentos da coluna vertebral. É utilizada em várias situações onde considera-se que a coluna vertebral apresenta instabilidade e necessita-se, então, “fixar” a coluna, para melhora de sintomas ou prevenção de potenciais complicações.
Exemplos de patologias onde realiza-se o tratamento através de artrodese da coluna:
-fraturas da coluna evoluindo para instabilidade segmentar
-espondilolisteses com alto grau de escorregamento entre as vértebras
-discopatia degenerativa severa, com perda importante de altura do disco, o que promove instabilidade segmentar entre as vértebras afetadas
-correção de deformidades da coluna, como escoliose, para se realizar a fixação das vértebras após a correção desejada da curva
Realiza-se a técnica através da colocação de parafusos nos pedículos das vértebras, associando-os com hastes metálicas longitudinais e fixando-os com contra-parafusos. Após, é colocado enxerto ósseo (que pode ser do paciente (autólogo), de cadáveres humanos, de animais ou até sintéticos). Este enxerto irá servir como um “cimento”, realizando a consolidação entre as vértebras e ocasionado a fusão desejada.
É uma cirurgia considerada de grande porte, apresentando taxas de complicações de cerca de 6 a 8% (de acordo com variados estudos), além de necessitar de internação hospitalar de 3 a 4 dias e de um período de reabilitação pós operatório prolongado para se obter bom resultado. Entretanto, se bem indicada e executada, apresenta excelentes resultados no médio e longo prazo para melhora dos sintomas do paciente.
Já existem técnicas para colocação de parafusos de modo percutâneo, com pequenos cortes, porém ainda são pouco difundidas no Brasil por possuírem custo muito elevado. Contudo, para os próximos anos, é tendência que os procedimentos de artrodese sejam realizados eminentemente por técnicas percutâneas e minimamente invasivas.