Trata-se de técnica minimamente invasiva, sem corte na pele, utilizando agulhas específicas para aplicar uma medicação anestésica em pontos da coluna vertebral e, assim, aliviar sintomas dolorosos provenientes de patologias da coluna vertebral.
Logo, pode-se realizar bloqueios de diversas estruturas diferentes, de acordo com as patologias e queixas do paciente e dos objetivos esperados. Exemplo – se a queixa principal é de dor ciática, pode-se bloquear somente o nervo ciático. Se a dor é de característica mecânica, ou facetária, pode-se proceder ao bloqueio das articulações da coluna, e assim por diante.
Além do papel analgésico, os bloqueios podem ser utilizados às vezes como testes terapêuticos, quando se há dúvida diagnóstica. Exemplo – o paciente possui dor ciática e apresenta mais de uma hérnia de disco em exame de imagem. Caso reste dúvida sobre qual hérnia é a causadora dos sintomas, pode-se realizar bloqueio de uma raiz nervosa específica – se houver melhora da dor, confirma-se que aquela raiz é a responsável pela queixa do paciente.
Apresenta vantagens em relação à ser procedimento pouco invasivo, seguro e de rápida execução (procedimento ambulatorial – paciente recebe alta no mesmo dia, sem necessidade de internação).
Porém é importante que ressaltar que o bloqueio é procedimento paliativo, ou seja, não irá “curar” a doença base (hérnia, artrose etc). Além disso, geralmente possui efeito temporário, com duração média de cerca de 6 meses, e sua efetividade varia de acordo com cada paciente – não se obtém sempre a mesma porcentagem de melhora em todos os casos.
Sempre recomenda-se aproveitar a “janela” de melhora dos sintomas ocasionados pelo bloqueio da coluna para intensificar exercícios de reabilitação e fortalecimento da coluna vertebral, de modo que o paciente obtenha melhora da dor para o longo prazo, mesmo após o efeito do bloqueio da coluna ter cessado.
Imagens demonstrando o procedimento de bloqueio da coluna vertebral, realizado com agulhas, sob radioscopia, através de técnica percutânea